quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

às vezes uma simples lanterna vale mais que cinquenta nós

Nunca fui escuteiro. Nem escoteiro. E nem sei e muito menos quero saber a razão de uns o serem com O enquanto outros o são com U. (Só pra ser chato: uns é que é com U, outros é com O).
Também nada tenho contra, até muitos amigos me propuseram que ingressasse nas suas fileiras (passe o militarismo do termo) no início da minha adolescência mas nunca a tal me senti inclinado. Não que não goste de campismo, actividades ao ar livre e guitarradas à volta da fogueira. Também não foi por não ir muito à baila com fardas (que não vou). Também não tenho medo de aprender a fazer aquelas dezenas ou centenas de nós diferentes; e, vendo bem, pra quê? Sei fazer dois ou três e já chega.
No entanto, há coisas que me deixam deveras apreensivo, até preocupado. E vem isto a propósito dos seis escuteiros que se perderam na Serra da Estrela, felizmente já resgatados. Aquilo que acabou em bem poderia ser uma tragédia. Mas também poderia ter sido evitado se, mais importante que umas dúzias de nós diferentes, se tivesse atentado aos sinais atmosféricos que qualquer indivíduo menos afoito (ou mais realista) teria respeitado. Também li que não havia rede de telemóvel na zona; pronto, tá bem, nada poderia ter sido feito por esse lado. Mas o que é certo é que também ouvi esta manhã na rádio que "durante a noite víamos ao longe as luzes das buscas"... pois... e ninguém se lembrou de levar a porra duma simples lanterna com que pudesse sinalizar a sua presença.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom ano de 2006
um abraço.