quarta-feira, 24 de maio de 2006

Dejá-vu ?

O seguinte texto recebi-o por e-mail dum remetente desconhecido, tendo sido ao mesmo tempo enviado para mais de trinta receptores. Spam ou não, sei que o que ali está é verdade (eh eh), pelo que não resisto a partilhá-lho com todos vocês.
Todos os dias a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar. Produzia e era feliz.
O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão. Se ela produzia tanto sem supervisão, melhor seria supervisionada. Contratou então uma barata que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.
A primeira preocupação da barata foi estabelecer um horário para entrada e saída da formiga. De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a elaborar os relatórios e contrarou uma aranha que, além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.
O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análises de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito. Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.
A formiga, de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo.
O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete. A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente (que trouxe do seu anterior emprego) para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalhoe no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.
Foi nessa altura que a cigarra convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente. Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a Unidade onde a formiga trabalhava já não rendia como antes, e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes, que concluía: "Há muita gente nesta empresa".
Adivinhem quem o leão começou por despedir?
A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".
Tenho a certeza de que estás pensando como eu: "onde raio é que já vi este filme?"

6 comentários:

Anónimo disse...

É verdade, onde já vi este filme? Governo português, função pública etc.

Anónimo disse...

Celtiberix! Parabéns por nos teres mostrado esta visão economicista do ponto de vista zoológico (risos). Não conhecia esta fotocópia do Estado Português. Está fenomenal, somos mesmo nós (eles, quero dizer).
Mas porque será que é sempre a formiga que se lixa e não outro animalejo qualquer. "Todo o pássaro come trigo e o pardal é que paga", nem só a formiga trabalha! E há por aí muita cigarra disfarçada de formiga.
Parabéns pela escolha.

Anónimo disse...

@--->Zig
Já o viste por todo o lado, a culpa é sempre de quem dá o litro. Infelizmente, são estes mesmo que estão lá atrás do balcão, desmotivadíssimos pelas condições que lhes são impostas, sem saber a que molhada de papéis jogar a mão em primeiro lugar; aqueles a quem a gente do lado de fora dá as culpas porque "vejam lá, tanrtos ali dentro e não fazem nada!".
Um abraço e obrigadão pelo comentário.

Anónimo disse...

@---> abade.anacleto
Agradeço os parabéns mas apenas por aqui ter colocado o material que não sei de quem é, como referi no início.
Já reparaste que ao paradigma da física se sucedeu o da gestão?
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Aquilo que se chamava poupar sem olhar a meios, hoje chama-se "contenção de custos".
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Ao que se chamava de birra do patrão hoje chama-se "necessidade imperiosa".
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Onde se falava de "sair a horas porque tenho família" hoje chama-se "desmotivação".
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A verdadeira piada é que quando alguém luta JUSTAMENTE contra este estado de coisas é apelidado não pelos empresários, mas pelo público (que se compõe de tipos exactamente com os mesmos problemas) de "malandro", "preguiçoso", "o que quer é a massa ao fim do mês" e coisas do género.
Vendo bem, tenho de fazer um "post" semelhante a este "agradecimento", eh eh.

Um abração e até um dia destes.

Anónimo disse...

Vêjo este filme todos os dias. Faz-me lembrar um mail que recebi sobre uma corrida de canoas entre os portugueses e os japoneses que vou descobrir para te oferecer. adorei o blog. parabens

Anónimo disse...

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