quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Mais uma vez lá vão eles todos, em fila de pirilau, cantando e rindo pra abrir o caixão. É normal: não há ida às urnas (de voto) em que eles não abram novamente a urna (do morto). Desta vez foi o presidente da comissão de inquérito ao desastre de Camarate, cargo que acumula com a liderança do grupo parlamentar do PP-CDS, que invocou o fantasma para afirmar que o avião onde seguiam Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa foi sabotado por estar em jogo a venda de armamento (para países "democraticíssimos", pois claro - Argentina, Guatemala, Indonésia!!!); coisa sem novidade, pois já tinha vindo este motivo à baila por várias vezes.

Ficam-me mesmo assim umas dúvidas:

- Será que interessa à comissão de inquérito (presidida por quem se sabe) o apuramento definitivo da verdade, uma vez que a coligação vai de mal a pior?

- Como se poderá incriminar (como tem vindo a ser habitual) a esquerda? Será que o PCP detém acções na fabrica de Braço de Prata?

- Se o caso se resolver, que santo é que vão invocar em futuros actos eleitorais?

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