Passei ontem (como quase todas as noites) pela http://pracadarepublica.weblog.com.pt/ . Quer se queira quer não, e DOA A QUEM DOER, o Praça tornou-se um blog de referência para quem vive em Beja, seja lá o que fôr que signifique "referência". E isto acarreta uma responsabilidade incrível para o seu "senhorio", desde evitar mal-entendidos naquilo que publica, como esclarecer algo que possa ter ficado escondido entre linhas. E, se por mais nada fosse, seria aqui que aqueles que apenas vêem com um olho e os que se fartam de "ensaiar sobre a cegueira" teriam de dar o braço a torcer: um dos muitos pontos fortes do nikonman é saber e querer caminhar sobre uma linha prèviamente traçada, coerente consigo próprio e com aquilo que defende, sem cedências a esta ou aquela côr.
Sei que o que estou a dizer "é perigoso", estou a "pisar em ramo verde", mas apenas do ponto de vista dos vesgos acima referidos, para quem "se não estás do meu lado estás contra mim".
Em Beja está instituída a cultura do "fez-se e quem critica é reaccionário". Continua a existir a crença (e vontade) de que tudo se resolve com uma cruz num papel, e de que os "iluminados" (quer dizer: eleitos) podem decidir à vontade que foi para isso que lá foram postos; independentemente das maiores aberrações e inflexões que possam advir na segunda-feira a seguir ao escrutínio dos papelitos... E é precisamente pelo que se instituiu que aparecem ataques rasteiros e anónimos a quem defende pontos de vista contrários ao que se convencionou como dogma, que quem tem a coragem de pôr o dedo na ferida é visto como "inimigo da revolução" (esta é forte).
Não me pagam para defender o nikonmam, nem eu aceitava porque não me compram, nem ele aceitava porque não se vende. Mas o que é certo é que, apesar de não vestirmos a mesma camisola, somo amigos de há longo tempo e tenho de lhe tirar o chapéu e dar-lhe um abraço de solidariedade pela vergonha de comentários anónimos com que tem vindo a ser presenteado de há uns tempos a esta parte.
(Tudo isto a propósito do "post" Beja-Detentores da Cultura publicado em 22 de Agosto no http://pracadarepublica.weblog.com.pt/ )
4 comentários:
Glup!
Já cá volto.
Por concordar com tudo o que escreveu venho aqui deixar-lhe uma palavra por ter descrito tão justamente a pessoa que eu tanto me orgulho de ter a meu lado.
Alvísseras, nascemos esta tarde. e já puxamos fogo aos rabinhos!
Ser-se invergável a pressões é coisa que poucos podem gabar-se.
A verticalidade de caracter é coisa que nos tempos que correm soa a estranho.
Estamos no reinado dos sabujos, dos lambe-botas e dos que se vendem por uma plamadinha no lombo.
Dizer-se que se gosta de alguém que nos é diferente sem querer tirar daí dividendos pessoais é o gesto puro e nobre que poucos se podem orgulhar.
Um abraço Palma Aleixo.
És um puro!
charlie
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