quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Atão mazondé kelezandon?

Pronto, prometi que era para o dia seguinte mas não consegui; mas de qualquer maneira vamos lá a falar de espíritos.
Aqui há uns tempos ficámos a saber por um canal de televisão que aqui bem perto de Beja, ali em S. Matias, andava o diabo à solta. Como se não bastasse todas as desgraças que nos enfiam em casa, lá veio já nem sei que canal de telepantominice com a história de que, quando aqueles dois pobres coitados estavam sózinhos em casa, era um dançar de cómodas, pratos pelos ares e até, pasme-se, "este crucifixo que estão a ver voou até áquela parede". Eu não vi nada, juro que não vi, não porque lá não estivesse (que não estava), mas porque nesta porra de coisas do outro mundo ninguém tem um telelé desses que apenas servem para tirar retratos ali à mão, toda a gente tem câmaras digitais mas o demo desliga as pilhas no momento fatal. E ninguém tem dois dedos de testa para ver que as "vítimas" de casos destes, os "possessos", não passam de pessoas psicològicamente desequilibradas que, independentemente da sua vontade, têm uma necessidade extrema de atenção que de outra maneira não conseguiriam obter. Ninguém quer ver que, obtidos os sessenta segundos de glória ("ali estou eu na televisão") tão ansiados, nunca mais aparecem naquelas casas os fantasmas que a vizinha jura a pés juntos também ter visto "com estes dois que a santa terrinha há-de comer"!
Começo a ficar cansado de notícias do género, é que já nem vontade de rir, a coisa dá mesmo para ficar triste, tal é o atestado de estupidez que nos querem pregar na testa. De qualquer das maneiras, sempre dá pra alguém ter aquele tão almejado minutinho de glória.
Já agora, sabem que há um candidato às autárquicas que se tem desdobrado em visitas à astróloga? Pronto, tá bem, cada um acredita no que quer, têm razão... juro que já nem toco no assunto!

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