sábado, 2 de setembro de 2006

O triunfo dos porcos



Não, não estou a falar da maravilhosa obra de George Orweel, nem da sua passagem à banda desenhada (animada) que alguém se devia preocupar em passar por um destes dias num qualquer canal de televisão, em vez de floriporras e merdalhices com açucar.
Já aqui comentei que se está bem na piscina de Beja; os níveis de cloro na água parecem razoáveis (pelo menos não me ficam a arder os olhos), a "densidade populacional" tanto no relvado como no "molho" dá para a gente se esticar à vontade...
Com o que não posso mesmo é com o triunfo dos porcos. Que dizer quando num raio de três metros se encontram duas palhinhas de refresco, um copo (balde) da coca-cola, três papéis de pastilhas elásticas, o papel dum gelado; e mais à frente duas páginas duma revista quase ao lado dum pacote de "ice tea"?
Poderão argumentar que noutro tempo lá estavam o Sardinha, o Alhinho, e mais uma série de vigilantes permanentemente que aquilo "até dava dó": se viam algum puto no relvado jogar a bola para outro, lá vinha logo o vigilante a correr que "aqui não se joga à bola, vê lá se queres ir lá pra fora já!" De acordo que era demais. Mas o que está em causa hoje não pode ser atribuído à gestão da piscina, o que está em causa é o mais elementar civismo na fruição dum espaço que é de todos.
Desta vez a culpa não é da gestão, nem de falta de onde colocar o lixo; não é falta de vigilância e duvido mesmo que tenha a ver com educação. Tem a ver, isso sim, com a consciência de impunidade que leva os porcos triunfar. Sempre.

2 comentários:

Anónimo disse...

Também reparei nisso no outro dia em que fui lá, porcos, ou porcas, sabe-se lá....

Anónimo disse...

O triunfo dos "varrascos", gostei do título, detestei o que escreveste porque sei que é verdade. Enquanto não houver um mínimo de consciência ecológica de pouco vale andar a pregar no deserto. Tem de começar em casa e estender-se aos tenros anos de escola. Preparem-se hoje os Homens ecológicos de amanhã. Para os de hoje parece-me que é um bocado "os que são, são. Os que não são temos de aturá-los. Se eu não fosse Abade chamava-lhes já "Filhos da outra que não a Santa".
Novamente um olhar atento e pertinente saído dessa tua pena corrosiva (que nunca a percas).
Um abraço e benção Abacial.