Tentei imaginar um país, com os exemplos que tenho à minha volta, mas só consegui uma caricatura.
Tentei imaginar um governante sério (e a sério) e vi um tipo fugir pra bem longe, tratando de salvar a sua imagem mais um pacote de notas de 500 €.
Tentei imaginar um sistema democrático e apenas vi que o rato que abandonou o barco quando este já ía bem cheio de água, lá pôs o afilhado, à revelia do que a população quisesse.
Começou a faltar-me a imaginação mas mesmo assim ainda deu para ver um indivíduo de cara descoberta, entrar pelas casas adentro e, com a desculpa de que os cofres do rei estavam rotos, começar a levar o que quem trabalha amealhara para a velhice.
Mesmo assim ainda fiz um esforço pra imaginar uma réstea de vontade popular, um sítio onde houvesse um parlamento, e os ministros ali tivessem de prestar contas pela sua incompetência. Mas logo percebi que os incompetentes se "marimbavam" para lá ir, por mais que fossem chamados à responsabilidade.
Suando pelo esforço imaginativo, tentei imaginar um nome, um adjectivo, fosse o que fosse pra dar às imagens que goravam a minha vontade. E apenas consegui uma interrogação: é possível que de há trinta anos para cá as pessoas tenham perdido a capacidade (ou coragem?) de tratar as coisas pelos nomes?
Quem é que tem medo de pronunciar a palavra fascismo?
2 comentários:
Oi Amigo!
Porque é que não escreves ainda mais????
Dos blogs que eu conheço, és das pessoas mais criativas e engenhosas! Lá por não ter comentários, não quer dizer que não sejas visitado e lido!
Digo isto, não é por ser teu amigo!
Jorge M.
pois, pois, até já falamos sobre o assunto; cuidado com os "lobbys", elezandem naí...
Um abração
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